Membros Associados Ativos das Estruturas Locais da Cruz Vermelha Portuguesa.

Domínio e conhecimento da fisiologia e anatomia de sinais de doença súbita e lesões traumáticas.

Ao final do curso, os formandos deverão ser capazes de desempenhar de forma autónoma e profissional a função de Caracterizador em Cenários de Emergência, aplicando técnicas de moulage e acting, com foco na segurança, ética e eficácia na formação de socorristas.

Os objetivos específicos da formação são:

• Compreender os princípios fundamentais da Caracterização em Cenários de Emergência e a sua importância em contextos de treino.
• Explorar diversas técnicas de simulação e as suas aplicações na resposta a emergências.
• Capacitar os formandos para desenhar cenários contextualizados, alinhados com os objetivos de treino.
• Identificar e aplicar etapas e fatores essenciais na planificação de projetos de caracterização de doença súbita e trauma.
• Reconhecer e utilizar instrumentos e materiais específicos para uma caracterização eficaz.
• Identificar e reproduzir sinais e sintomas de situações clínicas, aplicando técnicas de caracterização elementares e complementares.
• Introduzir técnicas avançadas de caracterização, como moulage e efeitos potenciadores, para criação de cenários realistas.
• Instruir os formandos a observar, avaliar e fornecer feedback construtivo, promovendo a melhoria contínua dos participantes.
• Assegurar práticas de segurança e ética, garantindo proteção ao caracterizador, às vítimas e demais intervenientes em todas as fases do processo.
• Garantir a remoção adequada da maquilhagem e a limpeza pós-caracterização.
• Tratar a vítima com respeito, assegurando a sua compreensão, concordância e colaboração em todo o processo de caracterização.

1. Caracterização em Cenários de Emergência - Módulo I

1.1. Desafios éticos na Caracterização

1.2. Segurança e Saúde

1.3. Instrumentos e produtos de moulage

1.4. Planificação, fichas das vítimas e fatores facilitadores

1.5. Acting em cenários de emergência

1.6. Sinais e sintomas da doença súbita

1.8. Técnicas de caracterização elementar - Doença Súbita

2. Caracterização em Cenários de Emergência - Módulo II

2.1. Técnicas de caracterização complementar - Trauma

2.2. Escoriações: pequenas nódoas negras e abrasões

2.3. Cortes: pequena hemorragia corte/incisão ou lesão perfuro cortante

2.4. Queimaduras: 1º, 2º e 3º grau

2.5. Projeto individual de caracterização de Cenário de emergência

Não são permitidas faltas. A avaliação é composta por dois momentos: avaliação contínua técnica e avaliação contínua de desempenho. 

Esta ação de formação foca-se na caracterização de vítimas em cenários de emergência, um tópico cada vez mais relevante na Cruz Vermelha Portuguesa. Esta formação visa criar simulações realistas em contexto clínico, proporcionando um ambiente imersivo que aproxima os socorristas das situações reais que poderão enfrentar em intervenções pré-hospitalares. Para tal, são aplicadas técnicas de moulage (maquilhagem de efeitos especiais) e acting (representação), com o objetivo de preparar os participantes no papel de “vítimas” para simular condições e sintomas que poderão encontrar no terreno.

As simulações propostas são utilizadas tanto para treino como em exercícios operacionais, promovendo experiências realistas e seguras para todos os envolvidos. Assim, os socorristas têm a oportunidade de praticar num ambiente seguro e controlado, enquanto os formandos ganham familiaridade com os procedimentos e técnicas necessários para uma resposta eficaz e profissional em cenários de emergência.

A simulação de cenários de emergência permite que os operacionais assumam um papel ativo no desenvolvimento dos seus conhecimentos e competências, sendo que deve ser concebida de forma a desafiá-los e permitir erros num ambiente de aprendizagem seguro e de apoio sem prejudicar os intervenientes.

Neste sentido, é importante criar variados cenários de emergência suficientemente realistas, de forma a proporcionar uma experiência formativa e reflexiva de qualidade sobre a atuação dos operacionais.   O sucesso destas atividades depende fortemente da qualidade da caracterização realizada pelo caracterizador aos participantes que irão desempenhar o papel de vítima, assim como a representação dos mesmos.